segunda-feira, 18 de junho de 2012

Be or not to be... It´s the question...



Sempre fui gorda. A minha primeira "reeducação alimentar" (pq eu aprendi com a Li que dieta é o que nós comemos) foi aos seis anos de idade. Sempre sofri preconceito (porque na minha época não existia bullying, era apenas uma brincadeira) e eu quase fui expulsa da escola onde estudava porque um garoto escreveu, embaixo de um desenho de um elefante, o meu nome. (tinha 16 anos). Aos 15 anos, vestia tamanho 50 e não encontrava loja feminina nenhuma para o meu tamanho de calça jeans e eu tinha que usar tamanho de homem. 
Demorei muito para me aceitar como sou. (e ainda luto com isso), visto que a minha estima, às vezes, anda no pé e eu culpo tudo na gordura. Mas só quem pode mudar isso sou eu. 
Confesso que eu sou muito crítica, até demais quando o lance é comigo. Depois que eu tirei as fotos com o Léo e a sua equipe, presente de aniversário atrasado... (hehehe), e quando as fotos saíram (até mesmo aquelas fotos que eu tirei no Parque Lage) eu não tinha noção de como EU sou bonita. (lógico que o profissional ajuda), mas me deu uma injeção de ânimo tamanho master. 
Mas, sempre tem um estraga prazer, sempre tem alguém que com o seu preconceito nível master querendo acabar com a sua alegria mesmo antes mesmo de começar... (nunca tive um post meu no facebook com mais de 30 curtidas e eu to conseguindo através das fotos!!!)
Recebi um recadinho mais ou menos assim por inbox (não reproduzirei por inteiro): "Carol, por favor, emagreça, você tem um dos rostos mais lindos que eu conheço. (depois de muitos blablablás), sua fã." Cara pessoa que escreveu isso pra mim, se você fosse ao menos um pouco minha fã, saberia que como é a minha personalidade, saberia como sou e ao menos ligaria no meu aniversário (ou me daria parabéns via facebook ao invés de usá-lo para me mandar fazer dieta todo dia),afinal de contas, pessoa, você me conhece há 31 anos. (ou pelo menos sabe da minha existência), estivesse do meu lado nos momentos mais difíceis da minha vida (depois da morte do meu pai e apenas uma ligação para saber como eu estava após a morte da minha mãe) e isso porque parece que é sangue do meu sangue... imagina se não fosse?
Não é que eu não queira emagrecer, não é que eu queira acabar como a minha mãe que não tinha caixão que desse pra ela... Já é dificil demais manter o peso que eu tenho hoje. Eu cresci onde a minha mãe, por toda dificuldade que ela tinha e por todo mundo encher a cabeça dela, era feliz por ser quem era e me passou isso.
As pessoas são preconceituosas, sim! Não aceitam as outras do jeito que elas são!!
Em contrapartida, eu mostrei esse recadinho lindo que eu recebi para uma pessoa e ela disse: (resumidamente): Acho você linda, mesmo gorda. Amo você assim... E eu sou fã da Carol gorda. (ganhei o meu dia! rá!!) 

Sou linda gorda e pronto. E o dia que eu quiser emagrecer, eu faço. Não vai ser ninguém que vai mudar isso a não ser eu.  
Sou linda, independente de como sou, de quem sou e para onde vou. Sou gorda e isso não muda o meu jeito de ser. 



B. 
Voando por aí!

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